Uma crítica da violência: de Benjamin a Butler

Autores

  • Marco Antônio Sousa Alves Doutor em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com estágio de pesquisa na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS/Paris). Mestre em Filosofia e graduado em Direito e em Filosofia pela UFMG. Professor adjunto da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e membro permanente do Programa de Pós-Graduação em Direito (PPGD/UFMG).

DOI:

https://doi.org/10.62551/2595-4539.2023.485

Palavras-chave:

Violência. Butler. Benjamin. Crítica. Pacifismo militante.

Resumo

Existe algum tipo de violência boa ou legítima? A violência é um
meio capaz de interromper formas tradicionais de opressão e construir um
mundo menos violento? O presente artigo pretende retomar essas questões
tradicionais e defender novos modos de ação política por meio de uma
“crítica da violência”, ou seja, uma reflexão sobre como, de maneira instável
e conflituosa, a violência é constituída e percebida por nós. Para realizar essa
tarefa, recorreremos ao projeto delineado pelo jovem Walter Benjamin no
ensaio “Para uma crítica da violência” e à sua retomada por Judith Butler, no
livro "A força da não violência", que defende uma postura política militante
e agressiva, mas radicalmente não violenta. Em um mundo cada vez mais
radicalizado, especialmente no Brasil, entendemos que uma crítica filosófica
pode contribuir para interromper a espiral da violência e abrir novos
horizontes teóricos e práticos para a luta contemporânea.

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Publicado

20/09/2023

Edição

Seção

ARTIGOS/ARTICLES