A ética do discurso e a formação do sujeito político em Habermas

Autores

  • Ângela Cristina Salgueiro Marques Universidade Federal de Minas Gerais

Palavras-chave:

Ética do discurso, Sujeito político, Autonomia, Intersubjetividade.

Resumo

Neste texto, pretende-se refletir, em um primeiro momento, sobre como Habermas define, por meio da ética do discurso, o processo capaz de permitir o autoentendimento e o entendimento mútuo a partir da articulação e da negociação entre a pluralidade de pontos de vista articulados argumentativamente nas sociedades atuais. Em um segundo momento, é conferido destaque ao papel que a ação comunicativa desempenha na formação de sujeitos políticos que, inicialmente, não se apresentam prontos para o debate, mas que desenvolvem suas capacidades enunciativas e competências comunicativas a partir de oportunidades e situações de interlocução nas quais aprendem a formular pontos de vista, a serem reflexivos, a produzirem julgamentos críticos e trocá-los com os outros justificando a própria posição, conquistando assim sua autonomia e seu reconhecimento como interlocutores válidos e dignos de serem considerados.

Biografia do Autor

Ângela Cristina Salgueiro Marques, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutora em Comunicação Social pela UFMG. Professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da UFMG.

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Publicado

06/02/2019

Edição

Seção

ARTIGOS/ARTICLES